
Por que os cafeicultores estão recorrendo a drones e pó de granito para colher mais e melhor
Por: Mirian Ferreira
O uso de drones na cafeicultura está revolucionando a forma como os produtores gerenciam suas lavouras, combinando tecnologia avançada com práticas sustentáveis. Esses equipamentos têm se mostrado essenciais para aumentar a produtividade, otimizar recursos e garantir um manejo mais eficiente do solo e das plantas.
Em Colatina, Espírito Santo, uma iniciativa inovadora une drones e o uso de pó de granito na adubação, promovendo uma agricultura regenerativa que busca fortalecer a cafeicultura local e combater o êxodo rural. A aplicação desses métodos tecnológicos e naturais no campo representa um avanço significativo para o setor.
Este artigo explora como os drones na cafeicultura, aliados à biofertilização com pó de granito, estão transformando a produção de café, trazendo benefícios econômicos e ambientais para os produtores e a comunidade rural.

Inovação tecnológica na cafeicultura: drones como aliados estratégicos
Drones equipados com sensores e câmeras capturam imagens detalhadas das plantações, permitindo identificar pragas, doenças e áreas com deficiência nutricional. Isso garante um diagnóstico rápido e ações corretivas mais precisas.
Essa tecnologia substitui o monitoramento manual, que é mais lento e sujeito a erros, aumentando a eficiência do manejo e reduzindo custos operacionais.
Aplicação dirigida de insumos
Com drones, é possível aplicar fertilizantes e biofertilizantes exatamente onde o solo necessita, evitando desperdícios. Essa precisão reduz o impacto ambiental e melhora a saúde das plantas.
Além disso, o uso de drones diminui a exposição dos trabalhadores a produtos químicos, elevando a segurança no campo.
O papel do pó de granito na adubação sustentável
Fonte natural de nutrientes; o pó de granito é um mineral rico em silício, potássio e outros micronutrientes essenciais para o desenvolvimento das mudas de café. Sua aplicação melhora a estrutura do solo e aumenta a retenção de água.
Essa prática reduz a dependência de fertilizantes químicos, promovendo uma agricultura mais sustentável e regenerativa.
Melhora da fertilidade do solo
Ao fornecer nutrientes de liberação lenta, o pó de granito contribui para o equilíbrio do solo e favorece a atividade microbiana benéfica, essencial para a saúde das plantas.
Essa técnica prolonga a fertilidade do solo, diminuindo a necessidade de intervenções frequentes e custos para os produtores.
Projeto On Good Grounds: sustentabilidade e inovação no Espírito Santo
O projeto é uma parceria entre JDE Peet’s, COFCO e o Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes), reunindo expertise internacional e local para desenvolver soluções inovadoras na cafeicultura.
Essa colaboração promove a transferência de tecnologia e conhecimento científico para os produtores da região, fortalecendo o setor cafeeiro.
Impacto social e ambiental
Além de aumentar a produtividade, o projeto busca conter o êxodo rural, gerando empregos e valorizando a vida no campo. A agricultura regenerativa adotada minimiza os impactos ambientais.
O envolvimento de estudantes e pesquisadores no campo aproxima a ciência da prática agrícola, fomentando inovação contínua.
Biofertilizantes aplicados por drones: eficiência e sustentabilidade
Os drones aplicam biofertilizantes de forma uniforme e direcionada, otimizando a absorção dos nutrientes pelas plantas. Isso resulta em maior produtividade e qualidade do café.
O método é rápido e reduz a compactação do solo, uma vantagem importante para a saúde das raízes.
Passos para aplicação eficiente de biofertilizantes com drones
- Avalie as condições do solo e identifique as necessidades nutricionais.
- Prepare a solução de biofertilizante com insumos naturais.
- Programe o drone para cobrir as áreas específicas da lavoura.
- Realize a aplicação monitorando a uniformidade e a dosagem.
- Acompanhe a resposta das plantas para ajustes futuros.
Benefícios econômicos e ambientais da tecnologia na cafeicultura
Redução de custos e aumento da produtividade: o uso de drones na cafeicultura permite aplicação precisa de insumos, reduzindo desperdícios e gastos com fertilizantes. Isso torna a produção mais rentável e competitiva.
Além disso, a melhoria na saúde das plantas e do solo contribui para safras mais abundantes e de melhor qualidade.
Preservação ambiental e sustentabilidade
- Minimiza o uso de agrotóxicos e fertilizantes químicos.
- Promove a conservação do solo e da água.
- Incentiva práticas agrícolas regenerativas e naturais.
Leia também: Como a borra de cápsulas de café é transformada em biometano: inovação e sustentabilidade
Participação da comunidade e educação agrícola
Cerca de 500 cafeicultores participam das ações em Colatina, recebendo orientações técnicas e acompanhamento contínuo, o que fortalece a adoção das novas tecnologias.
Esse envolvimento cria uma rede colaborativa que favorece a troca de experiências e o crescimento conjunto.
Formação de novos profissionais
Estudantes do Ifes participam diretamente dos experimentos, adquirindo conhecimento prático sobre tecnologia e sustentabilidade na cafeicultura.
Essa formação prepara profissionais capacitados para inovar e enfrentar os desafios do agronegócio brasileiro.
Tecnologia e tradição: o futuro da cafeicultura em Colatina
A integração dos drones com o uso de produtos naturais como o pó de granito valoriza o conhecimento tradicional dos produtores, enriquecendo a produção com inovação.
Essa sinergia é fundamental para garantir a sustentabilidade econômica e ambiental da cafeicultura na região.
Potencial de expansão e replicação
O sucesso do projeto em Colatina serve como modelo para outras regiões cafeeiras, mostrando que a tecnologia pode ser aliada da sustentabilidade e do desenvolvimento rural.
Essa experiência inspira novas iniciativas que promovem a agricultura regenerativa em todo o Brasil.
Conclusão
Os drones na cafeicultura, aliados ao uso do pó de granito e biofertilizantes, estão transformando a produção de café em Colatina, promovendo um modelo agrícola sustentável, eficiente e inovador. Essa combinação tecnológica e natural não só aumenta a produtividade, mas também valoriza o meio ambiente e fortalece a comunidade rural, oferecendo uma perspectiva promissora para o futuro do agronegócio no Espírito Santo.
Essa iniciativa mostra que tecnologia e sustentabilidade podem caminhar juntas para revolucionar a cafeicultura brasileira, garantindo a continuidade e o crescimento do setor frente aos desafios atuais.
Para mais informações sobre o projeto e outras iniciativas sustentáveis na cafeicultura. Fonte: Tribuna Online e site do Instituto Federal do Espírito Santo.
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Mirian Ferreira Sou uma jornalista com mais de 30 anos de carreira e apaixonada por café e aqui neste blog uso meu conhecimento técnico e meu gosto pela escrita para falar com outros coffee lovers, mostrando tudo o que acho interessante no universo do café.
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