Por: Mirian Ferreira
É cada vez mais comum ouvir que o café faz bem ao intestino, mas o que a ciência realmente mostra sobre essa relação? Estudos recentes confirmam que a bebida mais consumida pelos brasileiros pode influenciar diretamente a microbiota intestinal, especialmente ao estimular o crescimento de bactérias benéficas.
Compostos como polifenóis e ácido clorogênico presentes no café interagem com o ecossistema intestinal e podem ser metabolizados por bactérias boas, favorecendo o equilíbrio digestivo. A seguir, entenda os efeitos reais e descubra quantas xícaras por dia fazem diferença para a sua saúde intestinal.
O impacto do café na microbiota intestinal ganhou destaque em pesquisas recentes. A ingestão regular da bebida está associada a mudanças positivas na composição de bactérias do intestino, principalmente em consumidores habituais.
A presença de compostos bioativos no café, como os antioxidantes naturais, contribui para o crescimento de bactérias boas que desempenham papel essencial na digestão, imunidade e absorção de nutrientes.
Uma análise com mais de 22 mil participantes dos EUA e Reino Unido mostrou que o café está fortemente ligado à abundância da Lawsonibacter asaccharolyticus, uma bactéria boa com papel relevante no metabolismo intestinal. Essa espécie foi 4 a 8 vezes mais prevalente entre grandes consumidores de café.
Esses resultados foram validados em mais de 200 grupos populacionais de diversos países, indicando que o efeito é global e não depende do estilo de vida local.
O café também estimula bactérias produtoras de butirato, um ácido graxo de cadeia curta que melhora a integridade da barreira intestinal e reduz processos inflamatórios. Além disso, a bebida ajuda a regular o trânsito intestinal e promove uma microbiota mais diversa e funcional.
Os estudos indicam que o efeito do café na microbiota se torna mais evidente a partir de 1 a 3 xícaras por dia. Grandes consumidores (acima de 3 xícaras diárias) tendem a ter uma microbiota mais rica em bactérias benéficas.
A quantidade ideal pode variar conforme a sensibilidade individual, mas, em geral, até 400 mg de cafeína por dia é considerada segura para adultos saudáveis.
Nutricionistas apontam que o café, mesmo descafeinado, tem efeitos positivos devido à presença de polifenóis. Por isso, inserir a bebida dentro de uma dieta equilibrada é uma estratégia eficiente para manter a saúde intestinal em dia.
Estudos in vitro mostram que a presença da bactéria L. asaccharolyticus aumenta mesmo com café descafeinado, o que sugere que a cafeína não é o principal fator de influência no intestino.
Embora não seja o elemento-chave para estimular bactérias boas, a cafeína pode acelerar o trânsito intestinal e aumentar a frequência das evacuações. Em pessoas sensíveis, pode provocar desconfortos como diarreia ou gastrite.
Pessoas com síndrome do intestino irritável (SII), gastrite, ansiedade ou sensibilidade à cafeína devem consumir café com cautela. O excesso pode piorar sintomas gastrointestinais ou afetar o sono e o humor.
Altas doses podem irritar a mucosa intestinal, provocar refluxo e afetar a absorção de nutrientes. A moderação e o consumo após as refeições ajudam a minimizar esses riscos.
Outro estudo diz qual preparo é mais benéfico para a saúde.
O conjunto de evidências atuais sugere que sim, o café faz bem ao intestino, desde que consumido com moderação. Ele promove o crescimento de bactérias benéficas, contribui para um ambiente intestinal equilibrado e ainda potencializa os efeitos antioxidantes e anti-inflamatórios da dieta.
Para a maioria das pessoas, a bebida é segura e vantajosa quando inserida em hábitos saudáveis. Avaliar a tolerância individual é essencial para garantir seus benefícios.
As informações deste artigo não sobrepõem a importância de consultar um especialista médico para diagnósticos, tratamentos e aconselhamentos técnicos.
Sim. Mesmo o café solúvel contém compostos como ácido clorogênico, que impactam positivamente a microbiota intestinal.
Pode causar desconforto em pessoas sensíveis, mas não há evidências de que prejudique a microbiota.
Sim, desde que em pequenas quantidades e com orientação de profissionais de saúde.
Sou uma jornalista com mais de 30 anos de carreira e apaixonada por café e aqui neste blog uso meu conhecimento técnico e meu gosto pela escrita para falar com outros coffee lovers, mostrando tudo o que acho interessante no universo do café.
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