Por: Mirian Ferreira
Se você é fã de café, prepare-se para uma boa notícia: a ciência está descobrindo que a cafeína pode fazer mais do que apenas nos manter acordados. Um estudo recente da Queen Mary University of London revelou que essa substância tão presente no nosso dia a dia pode retardar o envelhecimento celular. Mas como isso funciona? Vamos explorar essa descoberta fascinante e entender o que ela significa para a saúde e a longevidade.
Pesquisadores britânicos demonstraram que a cafeína ativa uma proteína chamada AMPK (proteína quinase ativada por AMP), que funciona como um “sensor energético” dentro das células. Quando a AMPK é ativada, a célula entra em um modo de economia de energia, reparando danos no DNA, reduzindo o estresse oxidativo e prolongando sua vida útil. Essa descoberta foi feita em leveduras, organismos unicelulares frequentemente usados em estudos de biologia molecular devido à semelhança de seus processos metabólicos com os dos seres humanos.
Embora o estudo tenha sido realizado em leveduras, ele abre portas para pesquisas futuras em humanos, com implicações promissoras para a prevenção de doenças relacionadas ao envelhecimento.
Você pode ler o estudo completo publicado na revista Microbial Cell: Caffeine activates AMPK to delay cellular aging in fission yeast.
A ativação da AMPK pela cafeína pode ter implicações importantes para a saúde humana. Essa proteína já é conhecida por seu papel em medicamentos como a metformina, amplamente utilizada no tratamento do diabetes tipo 2. Agora, a cafeína surge como uma alternativa natural e acessível para ativar essa via metabólica.
No entanto, é importante lembrar que esses benefícios ainda precisam ser confirmados em estudos clínicos com humanos.
Embora o estudo seja promissor, ele também levanta questões importantes. A dose ideal de cafeína para ativar a AMPK sem causar efeitos colaterais, como insônia ou taquicardia, ainda não foi determinada. Além disso, fatores genéticos podem influenciar como cada pessoa metaboliza a cafeína, tornando os efeitos variáveis.
Por enquanto, a recomendação é manter o consumo de café dentro dos limites seguros estabelecidos pela Organização Mundial da Saúde (até 400 mg de cafeína por dia para adultos saudáveis, o equivalente a cerca de quatro xícaras de café).
A descoberta da Queen Mary University coloca a cafeína no centro das discussões sobre longevidade e saúde celular. Se confirmados em estudos mais avançados, os efeitos da cafeína sobre a AMPK podem revolucionar a forma como encaramos o envelhecimento e a prevenção de doenças crônicas. Enquanto isso, você pode continuar a desfrutar da sua xícara de café, sabendo que ela pode estar fazendo mais bem do que você imagina.
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Sou uma jornalista com mais de 30 anos de carreira e apaixonada por café e aqui neste blog uso meu conhecimento técnico e meu gosto pela escrita para falar com outros coffee lovers, mostrando tudo o que acho interessante no universo do café.
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